Califórnia (2015): 10 Curiosidades sobre o filme

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Marina Person. 2016 (Fonte: mulhernocinema.com)

O filme Califórnia (2015), dirigido por Marina Person, transporta o público para a década de 1980, abordando temas como juventude, amadurecimento, descobertas e desafios sociais da época. Dessa forma, o longa ambientado no Brasil acompanha a história de Estela, uma adolescente que sonha em visitar o tio nos Estados Unidos, mas enfrenta desafios inesperados que transformam sua visão de mundo. Por isso, aqui estão 10 curiosidades sobre o filme, exploradas em detalhes.

1. Primeira ficção de Marina Person

Marina Person já era uma figura conhecida no meio audiovisual antes de dirigir Califórnia. Afinal, ela trabalhou por anos como apresentadora da MTV Brasil e dirigiu o documentário Person (2007), sobre seu pai, o cineasta Luiz Sergio Person. Sendo assim, Califórnia marcou sua estreia em longas-metragens de ficção e revelou sua habilidade em capturar a essência da juventude com uma linguagem autêntica e sensível.

 

2. Inspiração autobiográfica

A diretora se inspirou em sua própria adolescência para criar a narrativa do filme. Como resultado, muitos dos acontecimentos retratados na trama refletem sua vivência nos anos 1980, como o impacto da cultura pop estrangeira e o surgimento da epidemia de AIDS, que marcou a década.

 

3. Trilha sonora marcante

A trilha sonora de Califórnia imerge o espectador na época. Pois, o filme conta com músicas de artistas icônicos dos anos 1980, como The Cure, New Order, Titãs e Kid Abelha. Dessa maneira, as canções constroem a atmosfera nostálgica e conectam a narrativa com a identidade musical da juventude daquele tempo.

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4. Transformação física de Caio Blat

Para interpretar Carlos, o tio de Estela, Caio Blat passou por uma transformação física. Como o personagem tem AIDS e está visivelmente debilitado, Blat perdeu peso para tornar sua performance mais realista. Desse modo, seu comprometimento com o papel transmitiu a gravidade do tema e o impacto emocional que a doença causava na época.

 

5. Reconhecimento em festivais

O circuito de festivais recebeu Califórnia com entusiasmo. Além disso, o filme foi selecionado para o Festival de Roterdã (2016) e ganhou o Troféu da Juventude na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2015). Esses prêmios destacam sua relevância tanto para o público jovem quanto para a crítica especializada.

 

6. Indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro

O filme concorreu em várias categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2016, incluindo Melhor Filme, Direção de Arte, Figurino e Maquiagem. Por consequência, as nomeações ressaltam a qualidade da produção e a atenção aos detalhes na recriação da década de 1980.

 

7. Ambientado em um período histórico marcante

A história acontece em 1984, um período de transição política no Brasil, com o país caminhando para o fim da ditadura militar. Além disso, a AIDS começava a se espalhar, causando medo e mudanças na sociedade. Assim, esses elementos históricos influenciam diretamente as decisões dos personagens.

 

8. Clara Gallo como protagonista

A jovem atriz Clara Gallo, que interpreta Estela, recebeu elogios por sua atuação autêntica e emocionante. Portanto, seu desempenho foi tão marcante que lhe garantiu uma indicação ao Prêmio Guarani de Melhor Atriz em 2016. Dessa forma, ela conseguiu transmitir com veracidade as angústias e transformações de uma adolescente naquela época.

 

9. Paulo Miklos no elenco

O cantor e compositor Paulo Miklos, integrante da banda Titãs, interpreta Beto, o pai de Estela. Sua presença no elenco adiciona um toque especial ao filme, especialmente porque ele fez parte da cena cultural brasileira na década de 1980.

 

10. Exploração de temas universais

Mais do que retratar a juventude nos anos 1980, Califórnia discute questões que continuam atuais, como descoberta da sexualidade, relações familiares, amizade e as consequências de doenças graves na sociedade. Dessa maneira, a abordagem do filme faz com que ele ressoe com diferentes gerações e continue relevante mesmo anos após seu lançamento.

 

Conclusão

Califórnia se destaca como uma obra que vai além da nostalgia. A direção cuidadosa de Marina Person, as atuações envolventes e a trilha sonora marcante tornam o filme um retrato autêntico da juventude dos anos 1980. Além disso, ao abordar temas universais e emocionar diferentes gerações, a produção se consolida como um dos destaques do cinema brasileiro contemporâneo.

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