
O filme “Ainda Estou Aqui” conquistou um grande sucesso de público e crítica, recebendo prêmios internacionais e se destacando por sua abordagem sensível e impactante sobre a história recente do Brasil. Walter Salles dirigiu o longa, baseado no livro de memórias de Marcelo Rubens Paiva, que retrata a trajetória de Eunice Paiva, mãe do autor, e sua luta contra as injustiças do período da ditadura militar. A seguir, apresentamos dez curiosidades sobre a produção deste filme que vem emocionando espectadores ao redor do mundo:
1. “Ainda Estou Aqui” Foi Uma Produção Demorada
A produção de “Ainda Estou Aqui” durou cerca de sete anos. Esse tempo permitiu uma extensa pesquisa histórica, garantindo que o roteiro refletisse fielmente os eventos reais. Além disso, a equipe do filme entrevistou pessoas que viveram na época e consultou documentos históricos para recriar a narrativa com precisão.
2. Filmagem em Câmeras Analógicas
Para trazer um ar mais autêntico ao filme, Walter Salles escolheu gravá-lo com câmeras analógicas, em vez das digitais mais modernas. Como resultado, essa escolha estilística conferiu à obra uma estética visual semelhante à dos filmes da década de 1970, criando uma sensação mais imersiva para o espectador. Parte da finalização do filme ocorreu na França, onde há mais suporte para esse tipo de tecnologia.
3. Locações Reais e Autênticas
O Rio de Janeiro serviu como o principal cenário do filme, e a produção utilizou locações reais que remetiam ao período retratado. Por exemplo, bairros icônicos como Urca, Gamboa, Arpoador e Glória foram transformados para parecerem exatamente como eram nos anos 1970. As filmagens também ocorreram em Brasília e São Paulo, em locais historicamente relevantes na ditadura militar.
4. Carros Antigos em Cena
Para evitar o uso excessivo de computação gráfica e garantir mais realismo às cenas, a produção do filme alugou mais de 20 veículos antigos, incluindo Fuscas, Opalas, Kombis e Karmann-Ghias. Assim, esses carros passaram por restauração e foram utilizados nas filmagens, assegurando um visual fiel ao período retratado.
5. Proibição de Dispositivos Modernos no Set
Walter Salles proibiu celulares e outros dispositivos eletrônicos modernos no set de filmagem. Dessa forma, o objetivo era garantir que os atores e a equipe técnica permanecessem imersos na atmosfera dos anos 1970 e se conectassem melhor com a narrativa do filme.
6. Recriação de Ambientes Icônicos
A produção recriou com precisão locais históricos importantes para a trama. A Confeitaria Manon, por exemplo, foi transformada para parecer com a lendária lanchonete Chaika, ponto de encontro popular em Ipanema na época. Além disso, a Livraria Argumento e diversas praias cariocas foram readaptadas para refletir a vida cotidiana dos anos 1970.
7. Uso de Instalações Históricas
A equipe utilizou as instalações do Instituto Municipal Nise da Silveira, no Engenho de Dentro, para filmar as cenas que retratavam a repressão política. Como resultado, esse local representou o DOI-Codi, uma das sedes do regime militar onde presos políticos eram interrogados e torturados. A decisão de filmar nessas instalações trouxe mais realismo às cenas e homenageou aqueles que sofreram nesse período.
8. Atuação Aclamada de Fernanda Torres
A atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva no filme, recebeu diversos elogios por sua atuação comovente. Sua performance impactante rendeu prêmios importantes, incluindo o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático. Para interpretar o papel, a atriz se dedicou a meses de pesquisa sobre a história de Eunice e passou por um intenso preparo emocional.
Fernanda Torres brilha no cinema, TV, teatro e literatura, unindo talento e humor afiado. Confira 10 curiosidades sobre sua trajetória!
9. Impacto Social e Cultural
“Ainda Estou Aqui” não se limita a ser um filme, mas também um importante registro histórico. Além disso, sua exibição reacendeu debates sobre o período da ditadura militar no Brasil e trouxe à tona discussões sobre memória e direitos humanos. Muitas sessões contaram com debates e palestras sobre a importância de preservar a história e evitar que os erros do passado se repitam.
10. Reconhecimento Internacional
O filme impactou o público globalmente e conquistou prêmios em festivais de cinema ao redor do mundo. Sua vitória no Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional marcou um momento histórico para o cinema brasileiro, consolidando a produção como uma das mais importantes da década. Além disso, “Ainda Estou Aqui” recebeu indicações ao Festival de Cannes e ao Critics’ Choice Awards, reforçando sua relevância no cenário cinematográfico mundial.
Conclusão sobre “Ainda Estou Aqui”
Com uma narrativa emocionante e um cuidado impecável com a produção, “Ainda Estou Aqui” se firmou como um dos filmes mais significativos do cinema brasileiro. Além disso, a vitória no Oscar não apenas consagrou a obra internacionalmente, mas também reafirmou a importância do cinema nacional em contar histórias profundas e relevantes. O reconhecimento global do filme demonstra que temas históricos e sociais continuam a impactar o público, evidenciando a força do cinema como ferramenta de memória e transformação. Por isso, se você ainda não assistiu, esta é uma obra imperdível que certamente deixará uma marca profunda em quem a assistir.